Mesmo sob chuva, a feira de 30 de setembro reuniu agricultores, produtores e moradores, celebrando o Dia da Nacionalização das Roças. Entre bancas coloridas e produtos variados, a população aproveita para comprar diretamente dos produtores e refletir sobre a gestão das terras e o futuro agrícola do país

O Presidente da Camara distrital de Mé-Zochi comentou sobre a organização da feira e os desafios da agricultura nacional:
“Bem, a minha apreciação é que a feira está muito bem organizada. Apesar da chuva, a aderência das pessoas e a variedade de produtos são gratificantes. É uma oportunidade para que as pessoas comprem de forma diversificada. O Estado precisa refletir sobre a gestão da terra, a preservação da biodiversidade e a segurança alimentar. Temos grandes terras agrícolas sendo mal distribuídas, e isso preocupa-me. É necessário criar políticas que valorizem o potencial do nosso país e incentivem a população a trabalhar a terra.”

O Ministro da Agricultura também Nelson Garrido enfatizou a relevância histórica do 30 de setembro:
“Quando falamos de 30 de setembro, lembramos que a independência nacional foi em 12 de julho, mas só a nacionalização das roças em 30 de setembro permitiu aos santomenses acesso livre às terras. É uma data histórica que marcou a liberdade e o direito de todos se deslocarem e produzirem no território nacional. Hoje, a feira é um momento para celebrar essa conquista, apesar de algumas dificuldades na gestão das roças abandonadas."

Entre os visitantes, Celso Nazaré compartilhou sua experiência:
“Comprei algumas coisas. Os preços estão um pouco sensíveis, como a cebola e a cenoura a 40 dobras. Mas a organização está boa, as pessoas estão animadas e tudo está a correr normalmente, mesmo com a chuva.”
