A delegação reuniu-se com o Primeiro-Ministro Américo Ramos, membros do seu executivo e outras entidades públicas, incluindo o Banco Central, o Ministério das Finanças e o Ministério das Infraestruturas.
O chefe da missão, Gustavo Ramirez, destacou que o objetivo da visita foi acompanhar o progresso do programa e preparar a segunda revisão oficial
“Tivemos uma reunião com o Primeiro-Ministro e a sua equipa. Uma delegação de Washington visitou o país durante duas semanas para avaliar o programa que foi assinado com o governo. Esta é a segunda revisão. Estamos dispostos a apresentar os resultados, e a equipa continuará o trabalho para que o caso de São Tomé seja apresentado em dezembro ao diretório, que decidirá sobre a continuidade do programa.”
Segundo o FMI, a crise no setor energético é o principal obstáculo ao crescimento sustentável e exige soluções coordenadas de curto e longo prazo
“Um dos temas mais importantes é o energético. Estamos a analisar como adaptar o programa às condições atuais, considerando o choque no fornecimento de eletricidade. A solução não é fácil. O país vinha tentando resolver este problema antes da crise.”
O Fundo reforçou ainda que o processo de recuperação dependerá da cooperação entre o governo e os parceiros internacionais, incluindo o Banco Mundial e o Banco Africano de Desenvolvimento
“Estamos a trabalhar com o Banco Mundial, o Banco Africano de Desenvolvimento e outros parceiros para procurar soluções. Mas não é algo que se resolva de um dia para o outro. É preciso enfrentar o problema imediato, sem esquecer das questões estruturais a longo prazo.”
O governo são-tomense reafirmou o seu compromisso em implementar medidas para melhorar a eficiência do setor energético e garantir a estabilidade macroeconómica. A missão do FMI encerra as suas atividades no país com a entrega de um relatório preliminar, enquanto o diretório do Fundo deverá reunir-se em dezembro, para decidir sobre a continuidade e eventuais ajustes do programa económico.
Texto: Varela Tavares
Imagem: Cortesia TVS
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