Um incêndio de madrugada deixou em ruínas vários pequenos negócios que garantiam o sustento de famílias inteiras. Eram cerca de uma hora da manhã quando os proprietários foram alertados de que as suas barracas estavam a queimar.

Quando chegaram ao local, já nada havia a fazer tudo aconteceu na zona de São Marçal.
“Estou aqui há 12 anos. Acordei com essa notícia triste… Fiquei desesperado.
A minha máquina queimou, tudo queimou. Era daqui que eu tirava o meu sustento e
agora não sei como vai ser.” Ildo Pimentel | Costureiro em São Marçal / Sinistrado

Entre as cinzas, perdem-se máquinas de costura, roupas de clientes, mercadorias e economias feitas ao longo de anos. Alguns comerciantes dizem que não ficaram com absolutamente nada.
“Aqui é que eu tiro todo o meu pão para sustentar os meus filhos. Eu sou mãe
e sou pai. Tinha quase oito balões de caldo aqui dentro queimou tudo. Só ficou
o resto, e o resto não dá para nada.” Lina Lima | Sinistrada

O desespero repete-se entre os vários lesados. Muitos deles sustentam famílias grandes e não têm outro emprego ou fonte de rendimento.
“Sou mãe de quatro filhos. Aqui é que eu tiro toda a minha vida, todo o meu
sustento. Quem tiver boa vontade para ajudar, pode ajudar. Não consegui salvar
nada.” Katia Ramos | Sinistrada

As causas do incêndio ainda não são conhecidas, mas os comerciantes esperam
agora por apoio para recomeçar. Alguns pedem mesmo ajuda pública ou de
particulares, para voltar a trabalhar e garantir o sustento das suas famílias.
“Quem quiser ajudar, só de boa vontade… uma máquina, qualquer coisa para eu recuperar o meu sustento.”

Entre escombros e perdas irreparáveis, fica a esperança de um recomeço. Para estas famílias, reconstruir não é apenas erguer paredes: é recuperar a única fonte de vida que lhes restava.
Texto: Varela Tavares
Imagem TVS
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