Na avenida Geovani ao lado de carro de praça de bombom trabalhadores e comerciantes vivem momentos de tensão após o começo da demolição de espaços onde atuam há anos.
A alegada compra dos
terrenos por terceiros gera dúvidas sobre legitimidade e segurança jurídica,
afetando a rotina de dezenas de famílias.
“Trabalhamos aqui há mais de 30 anos e ninguém nos avisou sobre venda do espaço” Inácio Pires Taxista
Deni, trabalhador há sete anos, relata
que documentos apresentados por um suposto comprador são questionáveis e que a
proprietária confirma não ter vendido o imóvel. Ele alerta que a situação
ameaça empregos e estabilidade econômica local.
“A situação é tão complicada porque a dona não tem conhecimento de vender o espaço. Temos garantia e documentos que comprovam isso. Documentos de 2019 apresentados pelo comprador não têm validade frente aos documentos antigos do proprietário”
A presença de muros e
sinalizações recentes impede o funcionamento normal dos negócios. Alguns
comerciantes afirmam que a polícia tem conhecimento da situação, mas não
interveio, devido a alegações de influência financeira do suposto comprador.
“Eles vieram com documentos dizendo que compraram, mas não mostraram nenhuma pessoa que vendeu. Não podemos simplesmente sair daqui. Negócios familiares e empregos estão ameaçados por decisões pouco claras” Inácio Pires Taxista
Puto Kellos, barbeiro no local há 15 anos, reforça que paga renda regularmente e questiona o direito de demolição antes de qualquer decisão judicial, destacando a necessidade de respeito ao devido processo legal.
“Estamos aqui há 15 anos, sempre trabalhando. O processo já está no tribunal, então não
pode ser feita a demolição agora. Decisão precipitada coloca em risco a subsistência de famílias e comerciantes
locais”
A situação evidencia fragilidades na gestão de propriedades e na fiscalização de documentos legais, com impactos diretos na economia local, no emprego e na confiança da população nas instituições públicas.
Jornalista: Ednel Abreu
Imagem: Siclay Abril
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