O atelier de atualização da Estratégia e do Plano de Ação Nacional da Biodiversidade responde aos compromissos assumidos por São Tomé e Príncipe no âmbito da Convenção sobre a Diversidade Biológica. O país é chamado a alinhar as suas políticas aos objetivos do Quadro Global da Biodiversidade, que incluem a conservação da diversidade biológica, o uso sustentável dos recursos naturais e a partilha justa e equitativa dos benefícios.
"É a responsabilidade do país, enquanto parte da Convenção sobre a Diversidade Biológica, alinhar as nossas metas nacionais às metas globais. Estamos a falar, por exemplo, de destinar 30% do território à conservação, combater a caça, o corte ilegal de árvores, as práticas nocivas da pesca e todas as ameaças que a biodiversidade tem sofrido." Cícero da Graça Coordenador da Atualização

O representante do PNUD destacou alguns exemplos de países africanos que têm
avançado na implementação de soluções inovadoras de financiamento e proteção
ambiental. Segundo refere, estes casos demonstram que é possível alcançar
resultados quando existe visão estratégica e liderança institucional.
"Para o país, o sucesso do
financiamento sustentável da biodiversidade dependerá da mobilização de
recursos públicos e privados, nacionais e internacionais, garantindo coerência
entre políticas e promovendo uma participação inclusiva com governo, sociedade
civil, setor privado, academia, mulheres e jovens." Luc Gnonlonfoun Representante do PNUD

Orgulhosa por São Tomé e Príncipe ser reconhecido mundialmente como um dos
países com maior taxa de endemismo por quilómetro quadrado, a ministra Nilda da
Mata reafirmou a importância estratégica da biodiversidade para o
desenvolvimento sustentável.
"Proteger essa biodiversidade significa defender um património natural
irrecuperável, cumprir uma responsabilidade global de conservação e valorizar
um ativo essencial para o turismo ecológico, a investigação científica e a
economia verde." Nilda da Mata Ministra do Ambiente, Juventude e Turismo Sustentável

A ministra lembra que, sendo um pequeno Estado insular, o país enfrenta de
forma intensa os efeitos das alterações climáticas. Por isso, as florestas,
mangais, áreas marinhas e zonas de reserva assumem um papel de proteção vital
para as comunidades e para a segurança alimentar.
"São o nosso escudo ecológico e
económico, preservando serviços essenciais da natureza, protegendo comunidades
e garantindo meios de vida." Nilda da Mata
Para o Governo, esta atualização representa a modernização das prioridades
ambientais, a integração do conhecimento científico e a consolidação de um
pacto nacional pela vida, sustentabilidade e responsabilidade intergeracional.

A Estratégia e o Plano de Ação atualizados deverão orientar o país na proteção
dos seus ecossistemas únicos e no fortalecimento da resiliência ambiental nos
próximos anos.
POR: Varela Tavares
Imagem: TVS
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