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O novo plano resulta de um diagnóstico técnico iniciado em março de 2025, conduzido por equipas do projeto ACAMAS, que identificaram os principais mangais existentes em São Tomé e no Príncipe, incluindo áreas já degradadas.




Esses estudos serviram de base para definir medidas de gestão sustentável, conservação e restauração ecológica, com o envolvimento direto das comunidades locais e instituições como a Direção das Florestas e da Biodiversidade e a Direção da Administração Climática.

 


“Os planos contêm o diagnóstico que os consultores iniciaram desde março de 2025.
Foram identificados todos os mangais existentes e os que já degradaram. Agora, trazemos uma proposta de restauração que será trabalhada com as comunidades e instituições chave.” 
Kassi Santos  WACA


 

Em Santo António do Príncipe e nas zonas costeiras de São Tomé, o projeto abrange áreas, onde estão em curso novos plantios de mangais.


Os técnicos destacam que o mangal é essencial para proteger as comunidades costeiras contra a erosão, atuando como barreira natural contra ventos e marés, além de ser habitat de várias espécies de peixes e aves.

 


“O mangal tem uma importância extrema para as zonas costeiras.
É uma solução natural de proteção, reduz a erosão e serve também como abrigo para várias espécies. É, portanto, fundamental conservar e restaurar estas florestas.” 
Kassi Santos  WACA

 

O novo Plano Nacional de Gestão dos Mangais representa uma abordagem mais ampla e integrada, reunindo todas as formações existentes no país. Além da restauração ecológica, o plano propõe alternativas de subsistência sustentável para as comunidades que dependem dos recursos do mangal.

 


“Este plano faz uma abordagem mais holística e combina as formações de mangal em função das suas características ecológicas e do uso comunitário. Propõe medidas específicas para cada área, como conservação, restauração ecológica e desenvolvimento de atividades alternativas de rendimento.” Célia Macamo Consultora Moçambicana



 

Durante a cerimónia, os representantes do projeto WACA+ e das florestas realçaram que o documento traz também recomendações financeiras e institucionais para melhorar a coordenação entre as entidades públicas e atrair mais apoio internacional para o setor.

 


“Depois da aprovação destes planos, o projeto dispõe de algum financiamento para começar a implementar atividades prioritárias. É um momento importante para restaurar e conservar os nossos mangais, envolvendo as comunidades locais neste processo.” Arlindo Carvalho WACA



O governo, através do Ministério do Ambiente, destacou o simbolismo deste ato e reafirmou o compromisso com a conservação ambiental e o fortalecimento da cidadania ecológica em São Tomé e Príncipe.

 

“Este plano fazia falta. Uma vez aprovado, teremos mais ferramentas para conservar e proteger o nosso meio ambiente, em particular os nossos mangais. A sociedade é uma obra em construção, e cada um de nós deve ser um bom operário nesta causa comum.” Carlos Lopes Ministério do Ambiente



Com o lançamento deste plano, São Tomé e Príncipe reforça o seu compromisso com a resiliência costeira e a sustentabilidade ambiental, apostando em soluções baseadas na natureza para enfrentar os desafios das alterações climáticas.




Jornalista /  Ednel Abreu

IMAGEM / TVS

GLEBA TV 2025