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A formação dos novos agentes prisionais decorre há uma semana e conta com a participação de 43 candidatos.

Segundo a ministra da Justiça Vera Cravid  que acompanha o processo, trata-se de uma capacitação essencial para garantir que os futuros agentes estejam aptos a exercer funções num serviço sensível e exigente.


“Acredito que a formação inicial para os agentes da Guarda do Serviço Prisional está a correr bem. É um curso de preparação inicial para os novos agentes, que têm de ter o mínimo para poder começar o exercício da função.”



Com uma duração de dois meses, o curso é intensivo e combina aulas teóricas e práticas. O objetivo é dotar os formandos de conhecimentos técnicos e humanos para lidar com reclusos e com o ambiente prisional.


 “Os serviços prisionais não são um serviço qualquer. É um serviço muito sensível, que lida com pessoas privadas de liberdade. Por isso, é preciso que os agentes conheçam as regras básicas para o exercício competente da sua função.”


Apesar de serem 43 os participantes, apenas 36 serão selecionados para integrar o quadro efetivo dos serviços prisionais. O número adicional tem como objetivo compensar eventuais desistências.

 “Ao todo, são 43, mas nós só precisamos de 36. Temos de fazê-lo porque pode haver desistências. É uma profissão muito técnica e muito humana, e é preciso demonstrar capacidade para o exercício da função.”


A formação surge num contexto de carência de profissionais no sistema prisional, realidade que levou à abertura do concurso público.


 “Neste preciso momento há falta de profissionais na Cadeia Central. Abrimos o concurso para 36 pessoas porque é necessário renovar e inovar o serviço, encontrando pessoas novas, com força e vontade de trabalhar.”


A ministra  destaca ainda a importância de formação contínua, não apenas para os novos agentes, mas também para os que já se encontram no ativo.


 “A formação permanente e constante é necessária, porque as técnicas mudam e as abordagens também. É preciso aprender novos métodos para lidar com pessoas privadas de liberdade.”


Entre os formandos, há um número equilibrado de homens e mulheres, algo que o responsável considera positivo para o futuro do serviço prisional.

“O número é equilibrado, muita gente jovem, com vontade de aprender. E a questão da equidade de género também ficou resolvida."


Com esta formação, os Serviços Prisionais e de Reinserção Social de São Tomé e Príncipe pretendem garantir um serviço mais profissional, eficiente e humano, reforçando o compromisso com a segurança e a reinserção social.


Jornalista: Ednel Abreu

Imagem: Siclay Abril