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A cidade capital e arredores enfrentam uma grave escassez de água.



Apesar das chuvas recentes, muitos bairros continuam sem abastecimento regular, e a população sente os efeitos no dia a dia.

 
“Houve coagulação de chuva nos últimos cinco meses, e desde junho praticamente não choveu. Embora tenha caído água recentemente, ainda não é suficiente para recuperar os níveis necessários. Atualmente, estamos com menos de 50% da nossa produção real, e em pontos da cidade como São João da Vargem, São Antônio, Budu-bubu e Reboque, a água simplesmente não chega.” 
Waldemiro do Rosário 


O responsável explica que existem duas fontes principais de captação: água de superfície, dos rios, e água subterrânea. Recuperar os aquíferos leva tempo, e mesmo com chuva, pode demorar semanas até que a situação se normalize.



“Escorre água, mas é muito pouco. Às vezes demora cinco ou seis dias para voltar. Precisamos buscar água no rio, e isso não é bom, pode causar problemas de saúde.” 
Ana Cassandra de Jesus


Para tentar melhorar a situação, a EMAE realiza manutenções e vistoria das redes, mas parte da infraestrutura é antiga e apresenta perdas significativas. Segundo Timóteo Costa, responsável pelo Departamento de Exploração de Água, cerca de 50% da água é perdida por problemas na rede, uso inadequado e vandalismo.



“Estamos a preparar um projeto financiado pelo Banco Europeu de Investimento, que deverá iniciar em fevereiro de 2026 e reduzirá as perdas na rede, melhorando a produção e distribuição, especialmente nas áreas alta e baixa da cidade.” 
Timóteo Costa 


Portanto, apesar das chuvas recentes, a situação de abastecimento de água na cidade capital e arredores continua crítica.




A EMAE reforça a necessidade de cuidados no consumo e anuncia investimentos para reduzir perdas e melhorar a rede de abastecimento.



Texto: Varela Tavares

Imagem: Cortesia TVS 

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